segunda-feira, 5 de novembro de 2007

DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA E DA ÁFRICA

Neste blog falaremos sobre a descolonização da Ásia e da África. Episódios ocorridos durante a Guerra Fria.
Os assuntos tratados no nosso blog são:
1° O que é descolonização?
2° Introdução

DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA

3° Independência da Índia
4° Independência da Indonésia
5° Independência Indochina

DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA
6° Independência da Argélia
7° Independência das Colônias Portuguesas

O que é descolonização

Descolonização é quando uma ou várias colônias recuperam ou adquirem a sua independência. Na maioria das vezes acontece por acordos entre a colônia e um partido político ou por um movimento pela liberdade. Geralmente, para que esse processo de descolonização ocorra, há conflitos entre as “forças vivas” da colônia e a sua administração. Esses conflitos podem se transformar em guerras, um golpe de estado ou então em processos mais pacíficos. O golpe de estado ocorre quando as organizações das colônias substituem a administração da colônia.
Anos das descolonizações da África.

Introdução

Apesar de ter sido durante a 1º Guerra Mundial (em regiões Asiáticas) que começaram a se iniciar os movimentos nacionalistas que propunham a libertação dos povos dominados por potências imperialistas européias, a descolonização da Ásia e da África, só foi possível, depois que a 2º Guerra Mundial terminou, porque houve a queda dos países europeus e porque o avanço do nacionalismo incentivaram os movimentos de libertação.

Independência da Índia

Movimento que leva ao fim da dominação do Reino Unido sobre a Índia, em 1947. Desde o século XVI, portugueses, ingleses, holandeses e franceses exploram o país. Em 1690, os ingleses fundam Calcutá, mas só depois de uma guerra contra a França (1756-1763) o domínio do Reino Unido consolida-se na região. Oficialmente, a dominação britânica começa em 1857, após um motim de soldados, seguido por uma rebelião da população civil em diversas partes da Índia. No século XIX, os britânicos esmagam várias rebeliões anticolonialistas. Paradoxalmente, a cultura britânica torna-se um fator de união entre os indianos. Com o inglês, os indianos adquirem uma língua comum. A organização política que governaria a Índia independente, o Partido do Congresso (I), é criada em 1885 por uma elite nativa de educação ocidental e funciona como um fórum para a atividade política de caráter nacionalista em toda a Índia. A implantação do estilo ocidental de educação superior começa em 1817 em Calcutá, com a criação do Colégio Hindu. As classes médias atingidas pela educação ocidental são atraídas pela ideologia do nacionalismo e da democracia liberal. Inicialmente entusiastas em relação ao domínio britânico, tais classes tornam-se cada vez mais críticas. O governo estipula limitações às associações representativas dos indianos nas legislaturas dos Atos do Conselho de 1909. Promete efetuar o que chama de "realização progressiva de um governo responsável" em 1917 e transfere algumas responsabilidades aos ministros eleitos nas províncias pelo Ato de Governo da Índia, de 1919. Nos anos 20 cresce a luta nacionalista sob a liderança do advogado Mohandas Gandhi, do Partido do Congresso. Pregando a resistência pacífica, Gandhi desencadeia um amplo movimento de desobediência civil que inclui o boicote aos produtos britânicos e a recusa ao pagamento de impostos. Juntamente com o líder político Nehru, Gandhi consegue abalar a estrutura da dominação britânica através de campanhas sucessivas contra o pagamento de impostos e contra o consumo de produtos manufaturados ingleses, entre outros. Protestos organizados por Gandhi contra a lei da repressão levam ao massacre de Amritsar. A campanha de não-cooperação deslanchada por Gandhi almeja conquistar o autogoverno (swaraj) e obtém o apoio do movimento Khilafat (muçulmano, contra o tratamento severo dispensado aos califas e ao império otomano após a I Guerra Mundial). Em 1930, Gandhi lidera seguidores numa marcha de 300 quilômetros até o mar, onde tomam em mãos o sal, desafiando as leis britânicas que proíbem a posse do produto não adquirido do monopólio governamental. O Movimento de Desobediência Civil (1930-34), que exige a independência, e o Movimento Saiam da Índia, que se segue ao encarceramento de Gandhi e de outros líderes em 1942, consolidam o apoio popular ao Congresso. Após a II Guerra Mundial, os britânicos abrem negociações para a transferência do poder. O objetivo é preparar a independência com a criação de uma Assembléia Constituinte e a formação de um governo de transição indiano, que preserve a unidade do território e assegure os inúmeros interesses econômicos do Reino Unido na região. O vasto subcontinente, no entanto, habitado por muçulmanos e hindus, passa por lutas internas que levam ao rompimento de sua unidade. Desde 1880, os muçulmanos politizados esperam proteger seus interesses contra a possível usurpação do poder pela maioria hindu. A Liga Muçulmana, de Mohamed Ali Jinnah, fundada em 1905, coopera com o Partido do Congresso em 1916, mas depois de 1937 enfatiza as aspirações distintas dos muçulmanos e em 1940 exige uma pátria muçulmana separada, o Paquistão. Os muçulmanos representam 24% da população e entram em choques constantes com os hindus. A rivalidade é incentivada pelos colonizadores britânicos, como forma de dividir a população e enfraquecer os movimentos de desobediência civil. A exigência da criação do Paquistão como Estado autônomo, compreendendo as áreas de maioria muçulmana no noroeste e leste da Índia, é satisfeita em 1947. Em 15 de agosto deste ano, a Índia, declarada independente, é dividida em dois Estados soberanos: a União Indiana e o Paquistão A partilha, baseada em critérios religiosos, provoca o deslocamento de mais de 12 milhões de pessoas. Choques entre hindus e muçulmanos deixam 200 mil mortos. O Paquistão, de população muçulmana, é formado por dois territórios separados por cerca de 2 mil quilômetros de distância: o Paquistão Oriental e o Paquistão Ocidental. Em 1971, o Paquistão Oriental torna-se um novo Estado independente, com o nome de Bangladesh.

Independência da Indonésia

No séc. xvII, na Indonésia , suas principais ilhas Java e Sumatra passaram a fazer parte do domínio colonial dos Países Baixos, mas os japoneses acabaram ocupando a região e prometeram autonomia para o país .
Em 1945, com a derrota do Japão na 2º Guerra Mundial, foi declarada a independência da República Indonésia, mas a Holanda não reconheceu e iniciou-se um período de lutas entre o exército holandês e os guerrilheiros nacionalistas, foi em 1949, depois da medição da ONU e dos EUA, que estavam interessados em estabelecer sua influência na região, que Holanda reconheceu a independência da Indonésia.
José de San Martin.

Independência da Indochina

As regiões do Vietnã, Laos e Camboja, faziam parte da antiga Indonésia. A região do Camboja (que era formado pela fundação Funã) em 1863, tornou-se protetorado Francês. Em 1940 o Japão dominou toda a Indochina, e então no Vietnã formou-se um movimento nacionalista para lutar contra os invasores denominados Vietminh (Liga Revolucionária para a independência do Vietnã), Liderado por Ho chiminh, que em 1931, fundou o partido Comunista Indo chinês.
No decorrer da Guerra do Vietnã, o território do Camboja sofreu infiltração dos vietcongues que estavam à procura dos inimigos, e Camboja até então neutro, mobilizou-se; Junto à uma sucessão de golpes de estado, verificou-se uma guerra sangrenta que dizimou sua população pelo genocídio, doenças e fome .Com a derrota do Japão na Guerra , Ho Chiminh proclamou a independência da República Democrática do Vietnã embora a França não tenha reconhecido . Em 1954 foi convocada a conferência de Genebra para restabelecimento da paz, que serviu também para dividir o Vietnã em dois estados: Vietnã do sul com capital Saigon, e o Vietnã do Norte, com capital em Hanói reconhecer a independência de Laos, Camboja e Vietnã.




Independência da Argélia

No dia 31 de outubro de 1954, começou a guerra pela independência na Argélia. A luta contra as tropas de ocupação da França durou sete anos e causou a morte de mais de 260 mil pessoas.
Os primeiros disparos foram ouvidos na noite de 31 de outubro para 1º de novembro de 1954. Jovens argelinos, integrantes da até então desconhecida FLN (Frente de Libertação Nacional), iniciavam assim a luta para acabar com o domínio francês, que começara através da invasão do norte da África em 5 de julho de 1830, consolidando-se nos 17 anos seguintes. Num panfleto, os rebeldes conclamavam à criação de um Estado independente na Argélia, cujo sistema social deveria ser uma mescla de social-democracia e islamismo e que garantisse também direitos iguais a todos os cidadãos.
Sempre existira insatisfação popular quanto ao domínio francês na Argélia, pois uma minoria européia imperava sobre a maioria do povo argelino, constituído de árabes e berberes. No correr dos anos, os franceses começaram a tratar a colônia norte-africana como se fosse uma parte do território da França e os argelinos, como estrangeiros no próprio país. Foram feitas inúmeras tentativas de impor a igualdade de direitos entre europeus e muçulmanos, mas sempre sem êxito duradouro.
Por exemplo, no ano de 1947. A Assembléia Nacional, em Paris, aprovou um estatuto para a Argélia, no qual a colônia foi definida como "um grupo de províncias com caráter urbano, autonomia financeira e uma organização especial". O que isto significava, ficou claro na constituição do Parlamento argelino: divididos em dois grupos numericamente iguais, os 120 deputados representavam, de um lado, os 370 mil colonizadores europeus e os 60 mil argelinos assimilados e, do outro, a grande maioria de cerca de 1,3 milhão de árabes e berberes.
Concessões
Mas foram introduzidas também algumas concessões aos muçulmanos argelinos: eles podiam viajar à França em busca de trabalho e, lá, podiam professar livremente a sua religião. Além disto, foi permitido oficialmente o ensino do idioma árabe na Argélia.
O documento não conseguia ocultar que teria prosseguimento a discriminação da população da Argélia e isto ficava ainda mais claro no dia-a-dia argelino. A insatisfação crescia. Tanto mais quanto maior o número de países árabes a se livrarem do jugo dos europeus e a conquistarem sua independência nacional.
A resistência começou a aparecer paulatina e cautelosamente. Um primeiro sinal de alarme para os franceses ocorreu em 1950, com um assalto ao correio central de Oran, comandado por Ahmed Ben Bella. O líder rebelde argelino tinha servido no Exército francês durante a Segunda Guerra Mundial, como muitos dos seus compatriotas, tendo sido altamente condecorado pelas suas ações nos campos de batalha da Itália. Ben Bella transformou-se na figura símbolo da luta argelina de libertação e foi, posteriormente, o primeiro chefe de governo da Argélia independente.
Inicialmente, porém, a repressão francesa da rebelião ficava a cada dia mais cruel. Depois dos primeiros disparos de 31 de outubro de 1954, milhares de argelinos foram presos. A maioria deles nada tinha a ver com a FLN e sua luta. Os franceses continuaram cometendo os mesmos erros: as tentativas de concessões aos argelinos sempre foram muito modestas e vieram tarde demais.
Ódio
Mas todas as manifestações antifrancesas eram punidas com extremo rigor. Com isto, o ódio dos argelinos tornou-se sempre mais profundo, chegando ao auge quando o Exército francês na Argélia foi reforçado com 500 mil homens. Isto – e a pressão da FLN sobre muçulmanos hesitantes – consolidou a frente da rebelião.
A situação ficou ainda mais tensa quando a Tunísia e o Marrocos conquistaram a independência, mas a França continuava enviando os líderes argelinos para a prisão. Houve massacres dos dois lados e, muitas vezes, a iniciativa partia dos próprios colonizadores franceses, apelidados de pieds noirs ("pés negros"), que temiam que o governo parisiense acabasse abrindo mão da Argélia. Os colonizadores rebelaram-se duas vezes, mas acabaram não podendo impedir que ocorresse aquilo que temiam.
Na França, a rebelião argelina acabou levando Charles de Gaulle de volta ao poder: em 1958, ele decretou maiores direitos para os cidadãos muçulmanos da Argélia e, um ano depois, já falava do direito da Argélia à autodeterminação. O resto foi uma questão de tempo: a França iniciou as negociações com a FLN em 1961, depois que seus líderes foram libertados das prisões.
Na primavera européia de 1962, foi acertado um plebiscito, realizado a 1º de julho. Seis milhões de argelinos votaram a favor da independência e apenas 16 mil foram contrários a ela. Em seguida, os políticos argelinos assumiram o poder em Argel e a maioria dos europeus deixou o país.
A Batalha de Argel (filme)

Independência das Colônias Portuguesas

As colônias portuguesas Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, e os arquipélagos de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, foram as que mais tardiamente conseguiram sua libertação.
Em 1961, a luta pela independência teve início em Guiné-Bissau, e foi comandada pelo fundador do partido da Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC),Com o seu assassinato, Luís Cabral assumiu o comando do movimento, proclamando a independência; Em 1974, com a queda do regime fascista em Portugal, o novo governo reconheceu a independência de Guiné-Bissau. No ano seguinte, Portugal também reconheceu a independência de Cabo Verde.
Em Moçambique, a frente de libertação de Moçambique (FREMILO), fundada por Eduardo Mondlane, iniciou, em 1964, um movimento armado contra o colonialismo português, vários dos confrontos entre as duas forças terminaram com a derrota dos portugueses, e em 1975 o governo democrático de Portugal reconheceu a independência da república Popular de Moçambique.
Agostinho Neto fundou o movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA), mas ouve também, outras organizações com o mesmo objetivo; após a queda do salazarismo em Portugal, foi assinado em 1974, o Acordo de Alvor, que estabelecia a independência de Angola para o ano seguinte. O arquipélago de São Tomé e Príncipe conseguiram se libertar do domínio Português em 1975.

Conclusões

Julie:

Foi legal fazer essa pesquisa sobre a Independência da Argélia... Foi interessante porque aprendi como um país luta pela sua independência, o quanto ele a valoriza, vi como realmente algumas guerras valem a pena acontecerem.
Todas fizeram sua parte.
Foi legal também porque quanto mais eu lia eu queria saber da história dos outros países que eu nem conheço. Nós três interagismos bastante fazendo esse trabaçho, não nos encontramos pessoalmente, apenas na internet, trocamos idéias, aprendemos que necessitamos de ajuda algumas vezes para ver se tinha que trocar algumas coisas...
Essa pesquisa me mostrou o quanto é importante saber sobr os outros países, o quanto é bom estudar o passado das colônias.

Eu pesquisei sobre:

  • Dei idéias de assuntos para o blog
  • Independência da Argélia
  • Independência da Índia

Thaís:

O nosso blog sobre a guerra fria está interessante, pois todos colaboraram fazendo sua parte.
O trabalho não está difícil é um modo diferente de avaliar o estudo do aluno e é um jeito bem melhor, legal de realizar provas.

Eu pesquisei sobre:

  • Independência da Indochina
  • Independência das Colônias Portuguesas
  • Ajudei com idéias para o blog

Natália:

Achei muito interessante fazer o blog. Todas colaboraram para que ele saísse do melhor jeito o possível! Pesquisei muito para fazer o trabalho, principalmente em sites na internet. Não precisamos nos reunir pessoalmente, só por e-mails e orkut já fora o suficiente para decidir o assunto do blog e o que cada uma faria. Não tive grandes dificuldades para pesquisar sobre o assunto da Descolonização da Ásia e da África. Gostei de fazer o blog!

Eu pesquisei sobre:

  • O que é Descolonização
  • Introdução
  • Independência da Indonésia
  • Fotos sobre os assuntos do blog
  • Montei o blog

Bibliografia

www.google.com.br - o que é descolonização
Descolonização - Wikipédia

www.google.com.br (fotos) - descolonização

www.google.com.br (fotos) - Independência da Indochina

www.google.com.br (fotos) - Independência da Argélia

www.google.com.br - Descolonização da Ásia e da África
A Descolonização da África e da Ásia

www.google.com.br (fotos) - Descolonização da Indonésia

http://br.geocities.com/vinicrashbr/historia/geral/independenciadaindia.htm

http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,314126,00.html